10 junho, 2015

Mudou, e, em podendo, mudou-se outra e outra vez e, como sempre, voltou.

De poiso em poiso, vai assim, saltando do velho para o novo e do novo para o velho; um ciclo, ou círculo, ou ciclos e círculos; vórtice e vendaval; tão viciado quanto a própria existência: quão redundante é, que em mescla corrói os conceitos, os funde, separa e assim os define em simultâneo.

Quando pára, a fingir, fica sem saber. Olha à volta: onde começa ou acaba não sabe, nem se é túnel ou apenas buraco sem fundo. Troca-lhes a ordem a seu gosto e capricho e engana-se de propósito, que é como quem morre de vida em vez de viver para morrer, heróicos estultos de pouco orgulho e muita vontade. Nem sabe que nada sabe mas também não lhe pesa a alma. É apenas isto. Herege, volátil e livre.

Mas afinal, sempre foi esse o objectivo nobre.


4 comentários:

Anónimo disse...

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Ricardo Riobom disse...

Realmente, este blog sempre primou por comentários elaboradíssimos de personagens indefinidas. É bom saber que idos os tempos, as tradições se mantêm.

Anónimo disse...

É bom sabe-lo a rezingar de viva saúde.

Ricardo Riobom disse...

A tua escrita assina por ti. Rezingão, saúde é ponto de vista.