10 junho, 2015

Quando fecha os olhos voa num mundo pintado de mil-cores: questiona se aquilo é uma alucinação ou se para se ser tolinho tem de os abrir. Mas depois lembra-se que, de olhos abertos, ninguém tem asas. E deixa-se estar. Eventualmente o conforto é tanto que se torna insuportável, sente-se egoísta. Levanta-se, lava a cara e sai à rua para vender sonhos. Infelizmente, a crise está mesmo aí e, ao fim do dia, volta ao ninho com todas as cores, todas as luzes, sons e cheiros, histórias bonitas que ninguém lhe comprou. Volta a deitar-se. Volta a fechar os olhos. Volta a voar sozinho.

Sem comentários: