04 junho, 2011

Dos que fogem deve perguntar-se não do que mas para o que fogem.

Dita o endoxo preceito que fuga é epítome de covardia, pressupondo a falácia dicotómica associativa entre o escape e medo. Então, dessa forma, perdoai-me também a paraendoxal posição pseudo-elitista de discordar.

Não me proponho a discutir sistemas ou mecânicas sociais, nem debater ideologias e muito menos ensaiar lugares comuns sobre "o estado das coisas": duvido da paciência, minha e tua. Até porque para discordar bastaria citar a doutrina de latrina, que não deve ser ignorada enquanto forma de arte, e prontamente assume: "Neste lugar solitário, onde a vaidade se apaga, todo o covarde faz força e todo o valente se caga", pressupondo desta forma a necessidade de contextualização à pressuposição pressuposta em precedente, anulando assim, também de forma falaciosa e ainda engraçada, recheada de aliterações confusas, a própria essência do pressuposto.

Questiono apenas o que dizer sobre aqueles que fogem para a vida e não da vida; para a existência e não da existência; para o ser e não do ser; etc.

Como invejo esses covardolas!

6 comentários:

Anónimo disse...

Um texto muito inspirador e blá, blá, blá... O que se retira daqui é que andas a reler o triangulo jota :-P

I.

Ricardo Riobom disse...

E a rabuja? Já passou, foi?

Anónimo disse...

Foi a break mas já volta!

E quando voltar fica em idle, durante 10 minutos e entretanto são horas de mandar o Apu a um certo sítio só pq o Bangladesh está em strike e não lhes apetece trabalhar.

Autorizas!?!?

I.

Ricardo Riobom disse...

Eu quero o endereço de e-mail desse Sr. Apu que claramente precisa que o metam na linha. E quanto ao resto, não. Não valido, lamento.

P.S. Que raio é que o que eu escrevi tem que ver com o Triângulo Jota?

Anónimo disse...

"Neste lugar solitário, onde a vaidade se apaga, todo o covarde faz força e todo o valente se caga"... Acho que no guardado no coração mas sem certeza.

Poderias sempre ter citado o the economist que tem outra pinta e mais não digo! ;-)

I.

Ricardo Riobom disse...

Seria, literalmente, uma citação de merda se o fizesse. O que, no contexto, até faria sentido.

E mais não digo!